O Grupo de Ação Ambiental Sertão Calango nasce em um contexto histórico um tanto quanto assustador. A era moderna, capaz de fazer as pessoas praticamente se teletransportarem, trouxe ao homem a consciência de sua própria extinção em um futuro facilmente calculado. As mazelas no tecido orgânico que viabiliza a vida é o preço do conforto, do excessivo conforto. É o preço também, de uma sociedade civil desorganizada e individualizada: os seres humanos, por mais incoerente que isso seja, estão cada vez mais conectados e cada vez mais sem comunicação. O Sertão Calango, assim chamado pelos mais íntimos, é uma instância de comunicação entre seres humanos guiados por uma filosofia de contato, de arte, de aventura... de axé. É uma instância política periférica, não subordinada a partidos políticos, mas que não rejeita apoios que convergem com a ética do grupo, sejam de empresas ou partidos políticos.
Seu mais amplo objetivo é coordenar ações alternativas ao modelo organizacional convencional da sociedade moderna-capitalista-predatória. O que implica dizer que não somos nem comunistas e nem capitalistas; somos seres que respiram e, de tão imperfeitos, procuramos na diferença de idéias uma completude criativa: trans-forma-ação - “navegar é preciso; viver não é preciso”. Nosso caminho é sertão, cerrado, é torto. Suas ações, locais que são, querem ajudar na preservação de um bioma específico (cerrado) por ser portador de um valor simbólico que só quem nele vive sabe a poeticidade, dramaticidade e felicidade. Felicidade esta que emerge em “horinhas de descuido”, como disse o matuto Riobaldo do Grande Sertão: Veredas. Nosso objetivo, pois, é viver no cerrado. Necessário consciência histórica da situação ambiental do planeta, é preciso falar, mostrar o ponto de vista de quem tá no cerrado: seja em cima do cavalo, da bicicleta, dependurado numa corda ou “pinicano” a viola. Só quem frita no sol sabe a importância da cachaça, da farinha e da rapadura: resistência sertaneja não é adaptação ao meio, é evolução no meio: é saber o que fazer com o que se tem em mãos, a força da atividade de criar – criatividade. E fez-se o Sertão.
Mas não só de farinha e cachaça se vive aqui, é necessário condições materiais para sorrir, é preciso ação política para trazer à região condições para a expressão da concepção da vida regional, ainda mais quando se vive sob o estigma da “pobreza”, como se aqui nada mais tivesse do que miséria. Isso não é mais aceito aqui. Temos riquezas e queremos de modo saudável manejá-las. O Sertão Calango nasce como movimento externo do pensamento, pois “toda ação principia mesmo é numa palavra pensada”... você de novo Riobaldo. Toda ação pensada, pode ser falada e coordenada no Sertão Calango. Mas vale lembrar que nessa esfera organizada institucionalmente, o valor que os membros prezam está na capacidade de dizer: “quanto maior o perrengue, melhor”. E aqui, há lugar para todas as estéticas expressivas, desde que se esteja aberto à filosofia das pessoas que moram nessa família de calangos, e isso não tem como dizer aqui. Saudações abrasadoras.
Seu mais amplo objetivo é coordenar ações alternativas ao modelo organizacional convencional da sociedade moderna-capitalista-predatória. O que implica dizer que não somos nem comunistas e nem capitalistas; somos seres que respiram e, de tão imperfeitos, procuramos na diferença de idéias uma completude criativa: trans-forma-ação - “navegar é preciso; viver não é preciso”. Nosso caminho é sertão, cerrado, é torto. Suas ações, locais que são, querem ajudar na preservação de um bioma específico (cerrado) por ser portador de um valor simbólico que só quem nele vive sabe a poeticidade, dramaticidade e felicidade. Felicidade esta que emerge em “horinhas de descuido”, como disse o matuto Riobaldo do Grande Sertão: Veredas. Nosso objetivo, pois, é viver no cerrado. Necessário consciência histórica da situação ambiental do planeta, é preciso falar, mostrar o ponto de vista de quem tá no cerrado: seja em cima do cavalo, da bicicleta, dependurado numa corda ou “pinicano” a viola. Só quem frita no sol sabe a importância da cachaça, da farinha e da rapadura: resistência sertaneja não é adaptação ao meio, é evolução no meio: é saber o que fazer com o que se tem em mãos, a força da atividade de criar – criatividade. E fez-se o Sertão.
Mas não só de farinha e cachaça se vive aqui, é necessário condições materiais para sorrir, é preciso ação política para trazer à região condições para a expressão da concepção da vida regional, ainda mais quando se vive sob o estigma da “pobreza”, como se aqui nada mais tivesse do que miséria. Isso não é mais aceito aqui. Temos riquezas e queremos de modo saudável manejá-las. O Sertão Calango nasce como movimento externo do pensamento, pois “toda ação principia mesmo é numa palavra pensada”... você de novo Riobaldo. Toda ação pensada, pode ser falada e coordenada no Sertão Calango. Mas vale lembrar que nessa esfera organizada institucionalmente, o valor que os membros prezam está na capacidade de dizer: “quanto maior o perrengue, melhor”. E aqui, há lugar para todas as estéticas expressivas, desde que se esteja aberto à filosofia das pessoas que moram nessa família de calangos, e isso não tem como dizer aqui. Saudações abrasadoras.
Por: Mércio M. Antunes
5 comentários:
Valeu demais Mercim...
Ficou maravilhoso o texto, parabéns mesmo...
E tomara que esse seja o primeiro de muitos...
Parabéns...
Saudações Revolucionárias!
abraço grande
Gostei do texto.
Falando como um amador, pediria à vcs
que dessem sugestões de lugares interessantes para visitar com o ciclismo à passeio, dicas ou ate mesmo mapas para uma melhor orintação.
Abraços e parabens!!!
Ao Sertão Calango.
Gostaria de saber como participar do grupo.
Tem como? qualquer coisa estou neste email:karolcalisto@hotmail.com
Atenciosamente Karol
quando nao souber o q falar nao fale nada....
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